Em Santa Catarina, observa-se um culto à memória de Anita Garibaldi, o qual registra os eventos em que ela e Giuseppe Garibaldi estiveram envolvidos. A narrativa de suas biografias, seja romanceada ou não, revela-se interessante.
Entretanto, a designação de "heroína" implica um juízo de valor que não é universalmente compartilhado pelos catarinenses, tampouco por brasileiros de outras regiões. Se restringirmos nossa análise às causas que o casal defendeu, sem adentrar em questões de moral individual, a unanimidade em relação a eles não é garantida.
Por exemplo, católicos devotos não considerariam Anita Garibaldi uma heroína, dado que ela e Garibaldi se opuseram à Igreja na Itália do século XIX. O casal tomou partido em questões tanto na Itália quanto no Brasil, opondo-se à unidade do país. Avaliar a justeza de suas causas constitui um juízo de valor.
Assim, o que para alguns são "heróis" e "heroínas" pode ser visto como vilania por outros. Para mim, o verdadeiro herói foi o Papa Pio IX, que defendeu os Estados Pontifícios contra o grupo liderado por Giuseppe.