A Democracia, enquanto regime político, configura-se como o guardião da liberdade, autonomia e da possibilidade para os indivíduos defenderem seus interesses. O alicerce primordial de qualquer processo democrático reside no reconhecimento da igualdade fundamental entre os cidadãos e, por conseguinte, no respeito às diversas opiniões que permeiam a sociedade. No instante em que essa igualdade é questionada e o respeito é negligenciado, os pilares democráticos podem experimentar um colapso iminente.
Além disso, a Democracia é concebida como um valor suscetível à corrosão e corrupção pelo extremismo. As visões extremistas enxergam a democracia meramente como uma ferramenta, muitas vezes como um verdadeiro empecilho para a realização de seus ideais. É notório que, diante desse cenário, a Democracia transcende o mero instrumentalismo, constituindo-se como uma força vital a ser resguardada.
Os genuínos democratas, por sua vez, compreendem que a Democracia é um fim em si mesma. A consecução desse desiderato demanda o aprimoramento constante dos processos e das instituições, bem como o fortalecimento da cultura democrática. Nessa perspectiva, a Democracia não se apresenta apenas como meio para um fim, mas como um ideal a ser perpetuamente lapidado, a fim de assegurar a plena realização dos princípios democráticos.